Um dos graves problemas do trâmite das medidas provisórias é a possibilidade de inserção, pelos parlamentares, de emendas que não têm nada a ver com projeto original publicado pelo Presidente da República. No caso da MP do BNDES (MP 628/2013), a história se repete: além do empréstimo do Tesouro para o Banco, vão entrar renegociação de dívidas agrícolas, incentivos tributários para setores diversos (de transporte aéreo a produtores de melão e melancia!!!) e um tal Fundo de Equilíbrio Econômico para RS, SC, PR e MS.
Mais um exemplo de como as Medidas Provisórias são um campo fértil para todo tipo de lobby e negociação entre setor privado, parlamentares e Poder Executivo.
Não é à toa que dizem que não é possível governar sem as MPs...http://www2.camara.leg.br/
E por falar em BNDES, encontra-se em discussão na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que acaba com o sigilo das operações de financiamento do BNDES, em nome do princípio da transparência:http://www2.camara.leg. br/camaranoticias/noticias/ ECONOMIA/461222-PROJETO-ACABA- COM-O-SIGILO-DAS-OPERACOES-DE- FINANCIAMENTO-DO-BNDES.html? utm_campaign=boletim&utm_ source=agencia&utm_medium= email
A propósito, a própria Folha de São Paulo, em editorial da semana passada, chama a atenção para a existência de um "orçamento paralelo" em função dos empréstimos subsidiados do BNDES, incentivos tributários e outras medidas de política econômica:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/154078-orcamento-paralelo.shtml
A discussão é boa e merece ser acompanhada de perto...
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